Cavaleiros do céu. Dei por eles em miúdo, na televisão, nuns episódios intitulados «Os cavaleiros do céu». Tanguy e Laverdure é uma bd de acção e aventura, desenrolando-se em plena Guerra Fria e salpicada pelos gags do desastradíssimo Laverdure, um trapalhão à altura do capitão Haddock. Com argumento de Jean-Michel Charlier, Uderzo foi o desenhador inicial, mas o sucesso de Astérix obrigou-o a abandonar a série. O pai do pequeno gaulês cedeu então o lugar a Jijé, criador do western Jerry Spring, próximo inspirador da que seria a obra-prima de Charlier: Fort Navajo, narrativa que viria a ganhar o nome do seu protagonista, o Tenente Blueberry. Confusos? Não faz mal. O melhor é ler esta série menor, ou secundária, de dois autores maiores dos quadradinhos.
Piratas. A figura do Barba Ruiva exerceu sempre em mim um fascínio a que não foram alheios o traço de Victor Hubinon e a destreza narrativa do grande Jean-Michel Charlier. Apesar disso, o poder caricatural duma certa dupla Albert-René foi tal, que não consigo pegar num álbum de aventuras do comandante do «Falcão Negro» sem que me venha à memória aquela angustiosa interjeição: «Os gau!... Os gaugau!...»